Inteligência artificial no Brasil e no mundo: entenda a história

Dezembro/2024
Inteligência artificial no Brasil e no mundo: entenda a história
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Conceito de um ser artificial existe desde a Grécia antiga, mas seu desenvolvimento como conhecemos hoje ganhou tração entre as décadas de 40 e 50

Desde o início do Século XX muitos autores de obras de ficção já vêm criando histórias sobre robôs que seriam capazes de agir de forma inteligente. Esses foram os primórdios da ideia, desenvolvida décadas depois, de que seres totalmente artificiais poderiam pensar de forma autônoma.

Segundo artigo de Harvard, de 2017, o primeiro ser artificialmente inteligente a ganhar os holofotes foi o Homem de Lata, de “O Mágico de Oz”, apesar do conceito de um “ser artificial” existir desde a Grécia antiga.

Entre 1940 e 1950 diversos cientistas, matemáticos e filósofos passaram a debater abertamente a hipótese de máquinas inteligentes, a partir de uma análise baseada na compreensão do raciocínio humano.

Com o avanço da medicina, muitos cientistas passaram a compreender que o cérebro humano nada mais era que uma rede de neurônios que trocavam informações por meio de impulsos elétricos – as sinapses nervosas.

Nesta época, estudos de Alan Turing sobre computação e de Claude Shannon (all-or-nothing signals) passaram a indicar que seria factível a criação de um “cérebro eletrônico”, ou de um meio artificial que poderia mimetizar o raciocínio humano.

O trabalho “Computing Machinery and Intelligence”, publicado por Turing, baseava-se na crença de que seres humanos usavam um misto de informações e razão para resolver problemas e tomar decisões; e que seria possível emular o mesmo processo em máquinas e computadores.


IA e o avanço ao longo dos anos 

A a base do que hoje entendemos como “inteligência artificial” já vem sendo estudada e teorizada há mais de 70 anos.

Mas se esse é um tema tão antigo, por que os avanços mais significativos ocorreram tantos anos mais tarde?

Segundo nosso sócio Leonardo Ugatti, especialista em IA, o primeiro motivo relaciona-se ao fato de que os computadores ainda não eram suficientemente avançados na década de 1940. Muitos deles apenas executavam comandos simples, como cálculos matemáticos ou resoluções de problemas binários, mas não tinham como armazenar informações complexas, conceito extremamente relevante para as IAs.

Além disso, nesta época o custo para uso de um computador poderia chegar a mais de USD200,000 por mês. Apenas grandes universidades ou empresas tinham acesso à nova tecnologia.


Alan Turing e a contribuição para o desenvolvimento da IA 

Proposto em 1950, o chamado Teste de Turing ou “imitation game” avaliava se uma máquina podia exibir comportamento inteligente indistinguível do de um ser humano. O teste se tornou uma referência importante na pesquisa sobre inteligência artificial.

O teste proposto pelo cientista teve ainda muitos efeitos na comunidade internacional: nas décadas de 1960 e 1970, respectivamente, os programas ELIZA e PARRY foram os primeiros a simular conversas humanas e a passar no Test de Turing.

Desenvolvido em 1966 por Joseph Weizenbaum, ELIZA era um programa de IA que simulava um psicoterapeuta, utilizando a reformulação de frases do usuário para manter a conversa. Já PARRY, criado em 1972 por Kenneth Colby, foi projetado para simular os padrões de pensamento de um indivíduo com esquizofrenia paranóica. O programa utilizava regras mais complexas do que ELIZA, incorporando modelos simples de comportamento humano e crenças fixas.

Nesta época, devido às limitações tecnológicas, os programas eram desenvolvidos com forte veia filosófica, adotando, por vezes, a postura de dizer que não sabiam certa informação para enganar seu interlocutor.

É possível dizer que ELIZA e PARRY foram os primeiros chatbots da história.

Turing criou ainda o conceito teórico de uma máquina que poderia executar qualquer cálculo matemático se fosse representado como um algoritmo. Esta ideia se tornou a base teórica para os computadores modernos.


Logic Theorist, o primeiro programa centrado em inteligência artificial

Considerado o marco inicial da IA como campo acadêmico e científico, o Logic Theorist, desenvolvido em 1956 por Allen Newell, Herbert A. Simon e Clifford Shaw, foi um dos primeiros programas de inteligência artificial (IA). O programa foi criado para imitar a capacidade humana de resolver problemas lógicos e matemáticos, especialmente teoremas. Essa iniciativa, desenvolvida com a empresa RAND, tinha como principal propósito “ensinar uma máquina a pensar”.

Em nosso próximo conteúdo, abordaremos os avanços da inteligência artificial entre 1957 e 1974, que foi possível graças ao desenvolvimento e democratização do acesso a computadores. 

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